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Tipo: Fundo    Dimensão: 112 cx.; 11 pt.; 2 liv.    Datas: 1472-1910
História:
O 1º Marquês de Fronteira foi D. João de Mascarenhas, 2º Conde da Torre (1633-1681), título criado por D. Pedro II, ainda príncipe, em 1670. Foi comendador do Rosmaninhal, Santiago de Fonte Arcada, São Nicolau de Carrazedo, São João de Castelão, São Martinho de Cambres e São Martinho de Pindo, da Ordem de Cristo, e senhor dos morgados de Goucharia (junto a Almeirim) e Chantas (termo de Santarém), bem como de Conculim e Verodá, na Índia. Foi gentil-homem do príncipe regente D. Pedro, membro do Conselho de Estado e do Conselho de Guerra de D. Pedro II, mestre de campo general da Estremadura e do Minho, general de cavalaria no Alentejo, cavaleiro da Ordem de Malta e grão-prior do Crato. Foi um dos generais da Guerra da Restauração, tendo participado nas batalhas do Ameixial e de Montes Claros. Foi o fundador da casa de Benfica, posteriormente transformada no palácio de Fronteira.

O 2° Marquês e 3° Conde da Torre, filho primogénito dos anteriores, D. Fernando de Mascarenhas, (1655-1729), acrescentou à Casa a donataria da mordomia-mor de Faro, várias comendas e os padroados dos mosteiros de São Domingos da Serra, OP, e de Nossa Senhora da Conceição da Torre das Vargens. Além de vários cargos, pertenceu ao Conselho de Estado de D. João V, e foi presidente do Desembargo do Paço, vedar da Fazenda (1721) e mordomomor da rainha D. Maria Ana de Áustria (1727). Foi ainda censor e presidente da Academia Real de História, e através desta Academia publicou vários trabalhos de cariz historiográfico. Casou com Joana Leonor de Toledo e Meneses, filha dos 7flfi Condes de Atouguia.
O 4° Marquês, 5° Conde da Torre, D. Fernando de Mascarenhas faleceu sem descendência, pelo que foi 5° Marquês e 6° Conde da Torre, seu irmão, D. José Luís Mascarenhas (1721-1799), cónego na Sé de Lisboa, cargo a que renunciou para poder receber o título de Marquês de Fronteira, em 1769. Pertenceu ao Conselho de D. Maria I e foi vedor da Princesa D. Maria Francisca Benedita. Foi o responsável pela transformação da casa de Benfica no palácio actualmente existente. Casou com D. Mariana Josefa de Vasconcelos e Sousa, filha dos 1°' Marqueses de Castelo Melhor.

O 6° Marquês e 7° Conde da Torre, D. João José Luís Mascarenhas Barreto (1778 _ 1806), casou com D. Leonor Benedita de Oyenhausen e Almeida, condessa de Oyenhausen, na Áustria, filha do Conde Oyenhausen Gravenburgo, enviado extraordinário e ministro de Portugal junto da Corte de Viena, tenente general do exército, inspector de infantaria, e de D. Leonor de Almeida Portugal, 4" Marquesa de Alorna, conhecida no mundo literário como Alcipe. Devido a este casamento entrou na Casa de Fronteira a representação da Casa dos Marqueses de Alorna e Condes de Assumar e os títulos de Marqueses de Távora e Condes de São João da Pesqueira, que os Alorna também representavam.

Detém actualmente a representação das Casas D. Fernando José Fernandes Costa Mascarenhas nascido em 1945, filho de D. Fernando Mascarenhas (1910-1956) que usou o título de Marquês de Fronteira e representou os títulos de Marquês de Alorna, Conde da Torre, de Conculim e de Assumar, e de D. Maria Margarida de Sousa Canavarro de Meneses Fernandes Costa.

História custodial e arquivística:
Documentação comprada pelo Instituto Português do Património Cultural e entregue à Torre do Tombo em 1980.
Descrição:
O Fundo contém obras manuscritas de carácter histórico, literário e musical. Podem referir-se crónicas de Duarte Gaivão, de Fernão Lopes, de Gomes Eanes de Zurara, de Rui de Pina e de Damião de Góis, (cronistas-mores do Reino e guardas-mores da Torre do Tombo, entre 1434 e início do séc. XVI), bem como os respectivos índices, as obras de Fernão Rodrigues Lobo Seropita (jurisconsulto e advogado em Lisboa, finais do século XVI e início do XVII), de Tomás Pinto Brandão (poeta, natural do Porto, nascido cerca de 1664 e falecido em 1743), a obra poética de Gregório de Matos Guerra (formado na Faculdade de Leis ou Cânones, pela Universidade de Coimbra, natural da Baía, nascido em 1633 e falecido em 1696), para além de cartas e regimentos vários.

Encerra também diferentes "arquivos pessoais" dos elementos das famílias que integraram a Casa. Assim, para a família Almeida, refira-se a documentação relativa a D. João de Almeida, 2° Conde de Abrantes; D. Pedro de Almeida; D. Lopo de Almeida; D. Pedro de Almeida, 1° Conde de Assumar; D. Fernando de Almeida, filho do anterior; D. Diogo Fernandes de Almeida, irmão do 1° Conde de Assumar; D. João de Almeida, 2° Conde de Assumar, embaixador junto de Carlos III de Espanha; D. António de Almeida, D. Luísa Tavares de Noronha, D. Diogo Fernandes de Almeida Portugal, D. Francisco de Almeida Mascarenhas, D. José de Almeida e D. Manuel de Portugal, filhos do 2° Conde de Assumar; D. Pedro Miguel de Almeida, 3° Conde de Assumar, 1° marquês de Castelo Novo, título trocado pelo de 1° Marquês de Alorna, vice-rei da Índia; D. Fernando de Almeida e D. Luís de Almeida, filhos do anterior; D. João de Almeida, 2° Marquês de Alorna, 4° Conde de Assumar; D. Leonor de Távora, mulher de D. João, 2° Marquês de Alorna; D. Pedro de Almeida Portugal, 3° marquês de Alorna; D. Leonor de Almeida Portugal, 4" Marquesa de Alorna: inclui as obras poéticas de Alcipe e correspondência diversa; D. Maria de Almeida, irmã da 4" Marquesa de Alorna.

Ainda no âmbito da família Almeida, refira-se a documentação da família Oyenhausen, que se reporta-se a Carlos Augusto, Conde de Oyenhausen Gravenburgo e do Sacro Romano Império; D. Leonor Oyenhausen, filha da Condessa de Oyenhausen; D. Frederica Oyenhausen; D. Juliana Oyenhausen; D. Henriqueta Oyenhausen; D. Luísa Oyenhausen; João Augusto Frederico Luís Adriano ou João Frederico Ulric, tenente coronel de cavalaria e governador e capitão general de Mato Grosso; D. João Carlos Augusto Oyenhausen, filho naturallegitimado do Conde Oyenhausen; Ernesto de Oyenhausen, tenente; D. Luís de Ataíde; D. Manuel de Portugal; D. João de Portugal. Inclui documentação relativa ao morgado dos Tavares, instituído por Francisco de Sousa Tavares.

A documentação relativa à família Mascarenhas reporta-se a D. Fernando Mascarenhas; D. Manuel Mascarenhas, capitão de Mazagão; D. Filipe Mascarenhas, vice-rei da Índia; D. Fernando Mascarenhas, 1° Conde da Torre, capitão e governador de Ceuta e de Tânger; D. João Mascarenhas, 1° marquês de Fronteira; D. Fernando Mascarenhas, 2° Marquês de Fronteira, 3° Conde da Torre - salienta-se a correspondência recebida; D. Joana Leonor de Toledo e Meneses, casada com o 2° Marquês de Fronteira; D. Francisco Mascarenhas e D. António Mascarenhas, filhos do 2° Marquês de Fronteira; D. João de Mascarenhas, 3° Marquês de Fronteira, 4° Conde da Torre; D. José Luís Mascarenhas Barreto, 5° Marquês de Fronteira; D. João José Mascarenhas Barreto, 60 Marquês de Fronteira e 7° Conde da Torre; D. José Trazimundo Mascarenhas Barreto, 7° Marquês de Fronteira, 5° Marquês de Alorna, 8° Conde da Torre; D. Maria Constança da Câmara Mascarenhas, mulher do 7° Marquês; D. Leonor Juliana Luísa de Mascarenhas e D. Carlos Mascarenhas, filhos do 6º Marquês de Fronteira; D. Leonor Mascarenhas, filha de D. Carlos Mascarenhas; D. Maria Mascarenhas, 8ª Marquesa de Fronteira, 6" Marquesa de Alorna, 9ª Condessa da Torre.

Inclui instituição de morgados e capelas, alvarás e cartas de doação, de mercês de comendas, tenças, ofícios, cargos, entre os quais postos militares, cartas de morador da Casa Real, de quitação, títulos de empréstimo, emprazamentos, aforamentos, requerimentos, sentenças, certidões, procurações, contratos e escrituras de casamento, testamentos, partilhas, bem como correspondência recebida, apontamentos, memórias e minutas de pareceres sobre assuntos militares, políticos, ou particulares, documentação de carácter genealógico, entre outra.

Integra ainda documentação relativa à administração do condado de Conculim e às comendas da Casa de Fronteira (Santa Cristina de Afife, São João de Castelões, São Martinho de Pindo, São Miguel de Linhares, São Nicolau de Carrazedo, São Tiago de Fonte Arcada, São Tiago de Torres Vedras) e da Casa de Alorna (comendas de Nossa Senhora da Graça de Monforte, Santa Maria de Algodres, São Cosme e São Damião de Ázere, São Pedro de Farinha Podre, São Julião de Cambra, São Salvador do Mosteiro de Souto, São Salvador de Baldreu). No que respeita à Casa de Fronteira, inclui documentação relativa a propriedades em Lisboa, Chantas, Gouxaria e Grous, Joana Vaz, Palma de Cima e Santa Iria, Beja, Alpiarça, Faro, Alcanede, mordomado de Santarém, herdade da Torre das Vargens. No que se reporta à Casa de Alorna, inclui documentação relativa a propriedades em Santarém, Almada, Vale de Nabais, Almeirim, Golegã, e Índia (Conculim, já referido, e Verodá),

Existem também relações de jóias, de objectos vários, de louça da Índia e móveis pertencentes às Casa de Fronteira e Alorna, bem como a avaliação de tapeçarias e livros.

De referir a documentação de D. Francisco de Sousa Coutinho enquanto embaixador de Portugal na Holanda (1643-1648), para além de um copiador de cartas enviadas ao Rei, a D. Francisco Manuel de Melo e ao Padre António Lopes Vieira) e correspondência recebida do Rei entre 1643 e 1650.