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Tipo: Fundo    Dimensão: 25 voI. em 8°; 7 voI. em 4° (cerca de 7000 doc.)    Datas: 1833-1895
História:
Joaquim Possidónio Narciso da Silva, filho de Reinaldo José da Silva e de Maria Luísa Narcisa da Silva, nasceu em Lisboa, em 7 de Maio de 1806, e faleceu na mesma cidade, em 3 de Março de 1896.

Foi para o Rio de Janeiro (Brasil) em 1807, acompanhando o pai, que tinha o cargo de Mestre Geral dos Paços Reais. Regressou ao Reino em 1821, tendo estudado em Lisboa com Domingos António de Sequeira, Maurício José do Carmo Sendim e Germano Xavier de Magalhães. Em 1824 foi para Paris, onde frequentou a Escola de Belas Artes. Entre 1828 e 1830 estudou em Roma, voltando posteriormente a Paris, onde esteve ligado a trabalhos como os do Palais Royal e das Tulherias.

Regressou a Portugal em 1833, sendo encarregue de adaptar o Convento de São Bento a Parlamento. Ainda nesse ano, publicou um trabalho sobre o ensino da arquitectura no estrangeiro: O que foi e é a architectura, e o que aprendem os architectos fora de Portugal. Lisboa: Imp. Silviana, 1833.

Foi autor do projecto do Palácio da Ajuda (1834, publicado em 1866); e do projecto de uns banhos públicos na zona do Passeio Público (1835). Nenhum deles, no entanto, chegou a ser concretizado. Enquanto arquitecto da Casa Real, projectou a remodelação do Paço das Necessidades (1844-1846) e o Paço do Alfeite (anteriormente a 1857). Foi autor de muitos estabelecimentos comerciais, cuja construção se iniciava na Baixa de Lisboa. Trabalhou também na remodelação do Teatro de São Carlos e do Palácio do Manteigueiro.

Acabou por se dedicar a tempo inteiro à arqueologia, tendo sido encarregado, por D. Pedro V, em 1858, de proceder a um estudo técnico de monumentos nacionais.

Foi um dos fundadores, em 1863, da antiga Real Associação dos Arquitectos Civis e Arqueólogos Portugueses, posteriormente Associação dos Arqueólogos Portugueses. A Associação foi a responsável, em 1866, pela criação de um museu arqueológico, depois instalado nas ruínas do Convento do Carmo, bem como de um boletim, a partir de 1865.
Publicou, em 1869 e 1873, trabalhos sobre a história da arquitectura, e em ,1879 e 1887, trabalhos sobre arqueologia.
Foi membro de diversas comissões de estudo e classificação de património construído, bem como de diferentes academias e sociedades nacionais e estrangeiras.

Documentação legada à Torre do Tombo, em 8 de Julho de 1915, por Júlio de Castilho. Os volumes de correspondência relativos aos anos de 1892 e 1893 não deram entrada na Torre do Tombo. (Livro de registo de entradas, voI. 1, fi. 50).
Descrição:
Inclui correspondência recebida por Joaquim Possidónio Narciso da Silva.

Destacam-se, entre os remetentes, figuras nacionais e estrangeiras, entre as quais se podem referir Alexandre Herculano, D. António da Costa, António Feliciano de Castilho, Marquês de Ávila e Bolama, Brito Aranha, Camilo Castelo Branco, Estácio da Veiga, Filipe Folque, Marquês de Fronteira, Júlio de Castilho, Oliveira Martins, Duque de Palmela, Pinho Leal, Victor Hugo, Émile Cartaillac, Amador de Los Rios, Charles Garnier, entre muitos outros. Inclui fotografias de vários dos remetentes.

Encerra ainda correspondência de associações e sociedades nacionais e estrangeiras, como a Academia Real de Belas Artes de Lisboa, Real Academia das Ciências de Lisboa, Academia Central de Bolonha, Academia Real del Arti del Disegno, Academia Real Espafiola de Arqueologia e Geografia del Principe Afonso, Sociedade de Geografia de Lisboa, entre muitas outras, bem como documentação relativa a congressos internacionais no domínio da arquitectura, engenharia, arqueologia e antropologia.

Os assuntos abordados na correspondência são múltiplos, podendo indicar-se a arquitectura, a arqueologia e a história como dominantes. Inclui projectos de intervenção em palácios, igrejas e outros edifícios de Lisboa, para além de fotografias, gravuras, desenhos, plantas de várias cidades, relações de património arqueológico, cópia de várias inscrições latinas.

O volume 26, em oitavo, é um índice manuscrito respeitante aos 25 volumes anteriores. Encontra-se organizado por ordem alfabética, pelo primeiro nome do remetente, mesmo quando este se encontra abreviado, reduzido apenas a iniciais. Muitos deles têm entrada por título nobiliárquico ou dignidade. Existem também, e sempre ordenadas segundo um critério alfabético, entradas para instituições e entradas classificativas ou temáticas. O índice remete para o respectivo volume, número do documento, ano e mês, idioma e, nalguns casos, acrescenta algumas notas sobre cada documento.
Organização:
Júlio de Castilho, amigo e biógrafo de Joaquim Possidónio Narciso da Silva, coleccionou a documentação, ordenou-a cronologicamente e mandou encaderná-la. Os volumes em oitavo apresentam o seguinte título: "Correspondência artística e científica, nacional e estrangeira com J. Possidónio da Silva".
Notas:
Muitas das encadernações em oitavo encontram-se em mau estado, tendo-se separado os revestimentos das lombadas.