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Tipo: Fundo    Dimensão:    Datas: 1877-1969
Auxiliares de Pesquisa: L 554
História:
José de Arruela nasceu em Ovar, no largo de Arruela, a 5 de Junho de 1881, e faleceu a 28 de Julho de 1960. Era filho de Caetano Luís Basto Ferreira - natural de Estarreja, jornalista, escrivão de Direito e, posteriormente, fundador, director e gerente, em Lisboa, do Correio Nacional - e de Maria Cândida Homem de Macedo da Câmara e Mota de Sousa Ribeiro Ferreira, de Águeda, prima coirmã do Conde de Águeda. Foi o pai, segundo informação do próprio José de Arruela, que decidiu dar-lhe este último nome, com o qual permaneceu.

Foi casado com Ana Maria Pinheiro de Melo, filha de Bernardo Pinheiro de Melo, 1° conde de Arnoso, de quem teve vários filhos, entre os quais Maria José de Arruela Azevedo Gomes e Maria Cândida de Arruela de Sousa Ribeiro.
Licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra (1906l, e estabeleceu-se como advogado em Lisboa. Destacou-se pela ampla amnistia que conseguiu para os marinheiros do couraçado Vasco da Gama, que se revoltaram no ano de 1908, pela intervenção desenvolvida através do jornal O Século.

Em 1913 filiou-se no Partido Monárquico, tendo sido preso várias vezes por acções desenvolvidas pelo partido. Foi presidente da Comissão de Organização Política da Causa Monárquica, fundador do Centro Monárquico de Lisboa e director do Diário da Manhã, jornal oficioso da Causa Monárquica. Dedicou-se à defesa, em tribual, de monárquicos - refira-se o julgamento no Tribunal das Trinas - e republicanos. Acabada a 2" Guerra Mundial, seguiu activamente os julgamentos de Nuremberga.

Realizou várias conferências, que decorreram no Instituto de Coimbra, em Lisboa, no castelo de São Jorge e na sua própria residência. Foi colaborador de jornais como o Século, Diário de Notícias, Época, Dia, Nação e Voz, e director da revista A Voz do Direito. Desenvolveu ainda outra actividade literária, tendo publicado A Monarquia e a República: o programa do Diário da Manhã, de Lisboa, 1914; A tragédia nacional: Alemanha e Portugal, cuja segunda edição é de Coimbra, 1940; Uma trepa ... histórica, (polémica com o Dr. Alfredo Pimental, publicado em Coimbra, em 1942; O equilíbrio peninsular, publicado em coimbra, em 1944; O imperativo geográfico de uma aliança, publicado em Coimbra, em 1945; publicou ainda dois livros de poesia: Contrastes e Convulsões da Pátria.

História custodiai e arquivística:
A documentação foi doada ao Estado pelas senhoras D. Maria José d'Arruella Azevedo Gomes e D. Maria Cândida Pinheiro de Mello d'Arruella, após autorização do Secretário de Estado do Orçamento, por subdelegação, por Despacho de 10 de Março de 1987, sob proposta da Divisão de Bibliotecas, Arquivos e Serviços de Documentação do Instituto Português do Património Cultural (IPPC). O mesmo despacho determinava o seu depósito no ANTT, o que não aconteceu de imediato, tendo ficado à guarda do IPPC. Foi depois entregue ao Instituto Português de Arquivos (IPA), entretanto criado, no dia 25 de Agosto de 1988, na sequência da evacuação das instalações do IPPC, na Rua Castilho, onde se encontrava, por ocasião do incêndio deflagrado na zona do Chiado. Concluído o trabalho de inventariação, em Outubro de 1990, a documentação foi entregue pelo IPA ao ANTT, em 28 Dezembro 1990.
Descrição:
A documentação reporta-se à actividade intelectual, política, literária e profissional de José d'Arruela, além de incluir documentos pessoais, fotografias e colecções que organizou. Compõe-se de correspondência recebida e expedida; recursos de sentenças de clientes; escritos sobre acontecimentos de política nacional e internacional, sobre o regime monárquico e republicano e questões de censura; conferências sobre património edificado, personagens históricos e respectivas biografias; monografias e provas tipográficas de obras suas e de outros autores; homenagens organizadas por José d'Arruela a diversas personalidades; convites para vários acontecimentos de carácter social; apontamentos destinados a memórias; considerações sobre poesia e alguns poemas; fotografias do próprio e de outras personalidades; recortes de imprensa e de diversas revistas, bem como documentos identificativos.

Parte do espólio reporta-se ao conde de Arnoso, Bernardo Pinheiro Correia de Melo (1855-1911), na qual se encontra documentação relativa a algumas das personalidades que fizeram parte do Grupo dos Vencidos da Vida, nomeadamente, Oliveira Martins, Eça de Queirós, Conde de Ficalho, Conde de Sabugosa e António Cândido.
Sistema de organização:

A documentação foi organizada pelo arquivista responsável pelo seu tratamento segundo um critério funcional.
Foram consideradas as seguintes secções: "Actividade intelectual"; "Actividade literária"; "Actividade profissional"; "Correspondência"; "Documentos pessoais"; "Actividade social"; "Colecções".

A secção "Actividade intelectual" conta com uma subsecção "Actividade política" e apenas com uma série "Escritos políticos".

A "Actividade literária" integra as séries "Conferências e biografias", "Poesia", "Memórias" e "Escritos dispersos".
Na "Actividade profissional" foi considerada uma subsecção "Função privada" com a série "Recursos".
A "Correspondência", considerada uma secção, subdivide-se em duas séries "Correspondência recebida" e "Correspondência expedida".

A secção "Documentos pessoais" apresenta uma série com a mesma designação "Documentos pessoais"

A "Actividade social" integra duas subsecções: "Intervenção social" com a série "Beneficência" e "Vida social" com as séries "Convites" e "Homenagens" Finalmente, na secção "Colecções" encontram-se as "Monografias", "Fotografias", "Publicações periódicas" e "Objectos".

Dentro de cada rubrica a documentação encontra-se ordenada segundo um critério alfabético-cronológico.