Estatutos
Actividades
Apoios
Sócios
Inscrição/Quotas
Livraria
Contactos
História
Roteiro
Indice Temático
Indice Analítico
Sala dos Índices
Arquivos Distritais
Bibliografia
Bases de Dados
Paroquiais
Ajuda
Roteiro Índice Temático Bases de Dados Contactos
Tipo: Fundo    Dimensão: 26 caixas    Datas: 1384-1908
História:
O título de Marquês de Santa Iria foi atribuído a D. Luís Roque de Sousa Coutinho Monteiro Paim, 3° conde de Alva, filho de D. Vicente Roque José de Sousa Coutinho de Meneses Monteiro Paim e de D. Luísa Inês Isabel de Montboissier Beaufort de Cavillac, por Decreto da rainha D. Maria II, de 4 de Abril de 1833.

Foi 2° Marquês de Santa Iria D. José Luís de Vasconcelos e Sousa, filho de D. Luís de Vasconcelos e Sousa, nascido em 1888, que casou em 1922 com D. Emília Van Zeller de Andrade, sobrinho do 11° e último conde de Óbidos, D. Pedro de Melo Assis Mascarenhas, e que, por falecimento deste, ficou com a representação das casas do Sabugal, Palma, Óbidos, Alva e de Santa Iria. O título de Marquês de Santa Iria foi-lhe atribuído e renovado por D. Manuel II, no exílio, a 25 de Janeiro de 1922, registado e reconhecido pelo Conselho de Nobreza, em nome de D. Duarte, duque de Bragança, a 29 de Novembro de 1946.

A Casa de Santa Iria reuniu as casas de Sabugal, Palma, Óbidos e Alva.

A Casa do Sabugal foi a primeira a surgir com a criação do título de conde de Sabugal por D. Filipe I, a 20 de Fevereiro de 1582, atribuído a D. Duarte de Castelo Branco, meirinho-mar do Reino, vedar da Fazenda e comendador de Ulme, da Ordem de Cristo, filho de D. Afonso de Castelo Branco, que casou com D. Catarina de Meneses.

O título de Conde de Palma foi atribuído por Filipe III a 30 de Março de 1624, a D.António Mascarenhas da Costa, senhor do morgado de Palma, no concelho de Alcácer do Sal, alcaide-mor de Trancoso e de Castelo de Vide, comendador de Santa Maria da Devesa e de Nisa, ambas da Ordem de Cristo, filho de D. João Mascarenhas e de sua mulher D. Maria da Costa, que casou com D. Maria de Távora. O título foi renovado por Carta de D. João, príncipe regente, a 12 de Outubro de 1810, a D. Manuel de Assis Mascarenhas Castelo Branco da Costa Lancastre, meirinho-mor, 5° Conde de Palma, Sabugal e Óbidos.
O título de Conde de Óbidos foi concedido a D. Vasco Mascarenhas, alcaidemar de Óbidos, filho de D. Fernão Martins Mascarenhas, senhor de Lavre, e de sua mulher D. Maria de Lancastre, por Carta de Filipe III de 22 de Dezembro de 1636, como recompensa por serviços prestados. Em 1646 recebeu as honras de conde parente, as quais, desde então, foram hereditárias nesta casa. Em 1652 foi nomeado vice-rei da Índia. Foi casado duas vezes, a primeira com D. Jerónima de La Cueva y Mendoza e a segunda com a sua sobrinha D. Joana de Vilhena.

O título de Conde de Alva foi atribuído por D. João V, por Decreto de 29 de Abril de 1729, a D. João Diogo de Sousa Ataíde, filho segundo do 6° conde de Atouguia, que nasceu em 1633 e morreu em 1740. Foi casado com D. Constança Luísa Monteiro Paim, filha herdeira de D. Roque Monteiro Paim e 5a senhora do morgado de Alva.

A união das casas de Sabugal e Palma parece ter resultado do primeiro casamento de D. Brites de Meneses, 3a condessa do Sabugal, com D. Nuno Mascarenhas da Costa, herdeiro do morgado de Palma, irmão do primeiro conde de Palma, D. António Mascarenhas da Costa. Desse casamento nasceu D. João Mascarenhas de Castelo Branco da Costa, 2° conde de Palma.

Pelo casamento de D. Fernão Martins Mascarenhas, 2° conde de Óbidos, com D. Brites Mascarenhas da Costa e Castelo Branco Barreto, 4ª condessa do Sabugal e 3ª condessa de Palma, em 1669, ficaram reunidas as casas do Sabugal e de Palma com a de Óbidos.

O casamento de D. Pedro de Sousa Coutinho Monteiro Paim, filho dos primeiros marqueses de Santa Iria, com D. Eugénia Maria de Assis Castelo Branco e Lancastre, 6ª condessa de Óbidos e de Sabugal e 7ª condessa de Palma, a 31 de Agosto de 1839, reuniu as casas de Óbidos, Sabugal e Palma com a Casa de Santa Iria.

Documentação comprada em leilão no Palácio do Correio Velho, Sociedade Comercial de Leilões, SA, em 1995.
Organização:
À data da aquisição, a documentação não estava organizada e encontrava-se numa sequência cronológica pouco uniforme. Uma parte dos documentos tinha uma numeração atribuída, embora não se encontrassem ordenados de acordo com a mesma. Por outro lado, verificou-se que muitos processos foram totalmente desmembrados, tendo cada parte sido descrita isoladamente, tomando-se difícil a sua reintegração. Apesar disso, alguns processos puderam ser reconstituídos.
A organização do fundo obedeceu à natureza dos documentos, tendo sido agrupados em duas secções: "Actividade Privada", que inclui as subsecções "Administração Patrimonial" e "Documentos Judiciais", e "Actividade Pública", que inclui a subsecção "Documentos Judiciais". Foram ainda constituídas uma colecção de "Documentos Pontifícios" e outra de "Diversos", que inclui os documentos em relação aos quais não foi possível determinar a relação com qualquer membro da Casa. Cada secção é composta por diversas séries que se encontram ordenadas alfabeticamente. Em determinadas situações houve necessidade de subdividir as séries. Nestas, sempre que se justificou, os documentos foram agrupados pela localização das propriedades, nomeadamente por concelhos. As colecções foram organizadas cronologicamente.