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Tipo: Fundo    Dimensão: 9 livros    Datas: c. 1566-c. 1815
História:
Foi 1º Conde de Farrobo o 2° barão de Quintela, Joaquim Pedro Quintela (1801-1869). Capitalista, proprietário, amante das artes, nomeadamente do teatro e da música, tinha um teatro no seu palácio das Laranjeiras, cujas representações ficaram célebres, posteriormente destruído por um incêndio, e outro na propriedade do Farrobo, perto de Vila Franca de Xira, que manteve sempre em actividade, protegendo e criando condições a artistas e a associações artísticas.

Foi defensor da causa liberal, assentou praça no Regimento de Cavalaria dos Voluntários do Comércio, em 1821, sendo promovido a coronel. Quando, em 1831, D. Miguel decretou um empréstimo forçado, Joaquim Pedro Quintela recusou a sua contribuição, pelo que perdeu todos os privilégios, honras e direitos, tendo que fugir para bordo de um navio inglês fundeado no Tejo, para não ser preso. Daí não deixou de apoiar, financeiramente inclusive, a causa de D. Pedro, o que lhe valeu um reforço da perseguição por parte de D. Miguel, que em 1832 o obrigou, por decreto, a sair da capital. Conseguiu iludir a ordem, escondendo-se em casa de um súbdito inglês e continuando a apoiar a causa constitucional. Após a vitória, D. Pedro elevou-o a Conde (1833). Foi Par do Reino (1834), 2° senhor da vila de Préstimo e 2° alcaíde-mor de Sortelha, comendador das Ordens de Santiago e de Cristo. Foi eleito senador por Lamego e Leiria em 1840.

Em 1833 passou ao batalhão de Voluntários Nacionais a Cavalo de Lisboa, em 1834 ao esquadrão da Guarda Nacional, mantendo as honras de coronel, e em 1840 foi nomeado comandante do Regimento Nacional da Cavalaria de
Lisboa.

Em 1848 foi nomeado inspector-geral dos Teatros e director do Conservatório Real de Lisboa e em 1838 foi empresário do Teatro de São Carlos.

Desenvolveu intensa actividade no mundo dos negócios, nomeadamente na empresa vidreira da Marinha Grande, na fábrica de produtos químicos de Verdelha, nas minas de carvão, na fiação da seda, nas companhias de seguros "Bonança" e "União Comercial," na Fundição Vulcano e na Companhia dos Caminhos de Ferro de Norte e Leste.

Casou primeiro com D. Mariana Carlota Lodi, filha de Francisco Lodi, primeiro empresário do Real Teatro de São Carlos. Casou em segundas núpcias com D. Maria Madalena Pignault.

O 2° Conde (1848) Joaquim Pedro Quintela (1823-1882), filho primogénito do primeiro casamento do 1° Conde, foi adido honorário de legação, governador civil do Funchal (1860-1862) e Par do Reino. Casou com D. Eugénia de Saldanha Oliveira e Daun, filha dos 1" Duques de Saldanha. Deste casamento nasceu Joaquim Pedro Xavier Quintela de Saldanha, em 1860 e que faleceu em 1892. Foi bacharel em Direito, seguindo a via da magistratura, chegando ajuiz de direito. Casou com D. Maria Egipcíaca Ribeiro de Melo. Não se encartou no título.

Foi 3° Conde João Pedro de Melo Quintela de Saldanha (1888-1952), filho de Joaquim Pedro Xavier Quintela de Saldanha. Foi oficial da arma de Engenharia, chegando ao posto de capitão. Combateu na la Guerra Mundial, tendo sido condecorado. Casou com D. Maria Madalena Ferreira Pereira Felício Teixeira, filha do comendador Carlos Nunes Teixeira e de D. Joana Ferreira Pereira Felício, filha dos 2" Condes de São Mamede.

O 4° Conde, Artur de Melo Quintela de Saldanha, irmão do anterior, nasceu em 1891. Foi oficial da arma de Engenharia, tendo chegado ao posto de major. Combateu em África, na la Guerra e prestou serviço no Ministério das Colónias. Foi vice-governador do Banco de Angola. Casou com D. Maria Alice Assis Furtado, filha de Artur Furtado. Deste casamento nasceu, em 1924, Joaquim Pedro Furtado Quintela de Saldanha. Casou com Sofia Maria Mayer Correia Henriques, filha de Francisco Maurício Correia Henriques.

Documentação oferecida por Carlos Pedro Quintela, em 1917 e 1942.
Descrição:
Fundo constituído por tombos de bens do morgado instituído por Joaquim Pedro Quintela (1801-1869). Reportam-se a bens e propriedades em Vila Franca de Xira e seu termo e outras vilas do Ribatejo, vilas e terras de Alcochete e Almada, comarca de Setúbal, vila de Alverca e seu termo e termo da cidade de Lisboa. O fundo encerra igualmente os títulos de bens vinculados: alvarás e cartas régias de padrão e provisão, instrumentos de venda, quitação, obrigação, autos de posse, instrumentos de nomeação e cisão, escrituras de subrogação e reconhecimento de foros, sentenças cíveis, cartas de arrematação, certidões, procurações, emprazamentos, doações, trocas, partilhas, entre outros documentos.