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Tipo: Fundo    Dimensão: 2 livros    Datas: séc. XIX
História:
Foi 1° duque de Lafões D. Pedro Henrique de Bragança e Ligne Sousa Tavares Mascarenhas da Silva (1718-1761), primogénito do infante D. Miguel, filho (legitimado) de D. Pedro II.

O título foi-lhe concedido por D. João V, seu padrinho, no dia do baptizado. Por via materna, foi 3° Marquês de Arronches, 7° Conde de Miranda do Corvo e 31° senhor da Casa de Sousa. Pertenceu ao Conselho de D. João V e foi regedor das Justiças da Casa da Suplicação. Tendo falecido sem geração o título passou a seu irmão D. João Carlos de Bragança que nasceu em Lisboa a 6 de Março de 1719.

O 2° Duque de Lafões foi figura de destaque na época. D. João Carlos de Bragança pretendeu prosseguir os estudos em Coimbra, mas as dúvidas do reitor e lentes da Universidade sobre o tratamento adequado a um personagem de sangue real, apresentada ao monarca, motivou a ordem de D. João V para que regressasse à Corte sem se despedir de pessoa alguma.

Por ocasião do terramoto de 1755, o Duque de Lafões foi um dos voluntários que permaneceu em Lisboa para caridosamente tratar dos vivos e enterrar os mortos. Dedicava-se à leitura de bons livros e ao cultivo das artes, em especial da música, mas o meio lisboeta não se apresentava muito favorável na época. Ausentou-se do Reino, onde só voltaria vinte e um anos depois. Várias razões têm sido apontadas para essa saída, inclusive a de que D. José lhe teria recusado a transmissão do título, hipótese sem consistência, visto que seu irmão D. Pedro Henrique faleceu 4 anos após D. João Carlos de Bragança se ter ausentado, sendo mais plausível ter saído por sua vontade, até porque manteve cordiais relações com D. José e com o Marquês de Pombal.

Permaneceu vários meses em Inglaterra, tendo sido eleito membro da Royal Society de Londres. Daí partiu para Viena de Áustria. Obteve autorização para ingressar nos exércitos austríacos, tendo participado na Guerra dos Sete Anos. Assinada a paz em 1763, viajou pela Áustria, Itália, França, Rússia Alemanha, Suécia, Dinamarca e Turquia, só regressando a Portugal após a subida ao trono de D. Maria I. A soberana devolveu-lhe todas as honras e mercês, as comendas de sua Casa e o título de Duque de Lafões. Foi conselheiro de Estado e de Guerra, governador das Armas da Corte, marechal general do Exército Português, mordomo-mor do Príncipe Regente D. João, e ministro encarregado dos negócios da Guerra.

Um ano após a sua chegada a Portugal, D. João Carlos de Bragança apresentou a D. Maria l o projecto para a fundação de uma instituição de cultura à semelhança das que conhecera no estrangeiro. Escolheu para seu colaborador José Correia da Serra que também regressara ao Reino. Foi assim fundada a Academia das Ciências de Lisboa, cujos estatutos foram aprovados em 24 de Dezembro de 1779, tendo a F sessão ocorrido em 16 de Janeiro de 1780.

D. João Carlos de Bragança faleceu no seu palácio do Grilo, em Lisboa, em 1806.

É 6° duque de Lafões e 7° marquês de Marialva D. Lopo de Bragança.
Descrição:
Inclui miscelâneas impressas e manuscritas provenientes da Casa de Lafões, intituladas "Várias memórias de despesa da Quinta de Valdige de vinhas da mesma quinta e outras muitas lembranças" (1812) e um índice dos foros da Casa no Alto Minho (século XIX).