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Tipo: Fundo    Dimensão: 90 cx. (4.854 doc.); 30 pt.; 25 liv.;    Datas: séc. XIII-XX
<b><br>Alvará de D. João III para<br>D. Martinho de Castelo Branco,<br> conde de Vila Nova de Portimão,<br>concedendo a dízima das<br> pescarias da vila. 1522</b>

Alvará de D. João III para
D. Martinho de Castelo Branco,
conde de Vila Nova de Portimão,
concedendo a dízima das
pescarias da vila. 1522
História:
O título de 1° Conde de Abrantes foi concedido por D. Afonso V, em 1476, a Lopo de Almeida, alcaide-mor de Abrantes, Punhete (actualmente Constância) e Torres Novas, senhor do Sardoal, Mação e Amêndoa e vedor da Fazenda (1471), mordomo-mor, contador-mor e escrivão da puridade da Rainha D. Joana.

Casou com D. Brites da Silva, camareira-mor da Rainha D. Isabel, filha de Pedro Gonçalves Malafaia, rico homem, vedor da Fazenda.

O título não foi renovado nos descendentes do 3° Conde, D. Lopo de Almeida, o fundador do convento de Santo António de Abrançalha (c. 1526), depois transferido para Abrantes.

António de Almeida, 9° e último alcaide-mor de Abrantes, morreu solteiro e sem geração. Foi aos descendentes de sua irmã, D. Isabel de Mendonça, condessa de Penaguião pelo casamento com D. João Rodrigues de Sá, 1° Conde de Penaguião, que coube a representação da Casa de Abrantes.

Filipe III dispôs da Casa e do título a favor do Marquês de Porto Seguro, D. Afonso de Lancastre, da Casa dos Duques de Aveiro (1635), que teve o título de Duque de Abrantes, em Espanha, o qual não foi reconhecido em Portugal.
Após a Restauração o título foi renovado por D. João IV (1645) em D. Miguel de Almeida um dos conjurados de 1640, do seu Conselho e mordomomor da rainha D. Luísa de Gusmão, tendo sido o 4° Conde de Abrantes. Morreu sem geração, ficando como única herdeira da Casa D. Isabel de Mendonça, condessa de Penaguião.

D. João V, em 1718, mudou o título de Marquês de Fontes para o de Marquês de Abrantes ao 7° conde de Penaguião e 3° marquês de Fontes, D. Rodrigo Anes de Sá Almeida e Meneses (1676-1733), terceiro filho do 4° conde de Penaguião e 1° marquês de Fontes, nascido em 1676, sendo assim o 1° Marquês de Abrantes. Recebeu os senhorios da vila de Abrantes, do Sardoal, dos concelhos de Sever, Penaguião, Gondim, Fontes, Gondomar, Vila Nova de Aguiar de Sousa, Bouças, Gaia e honra de Sobrado. Foi capitão, alcaide-mor e governador das armas do Porto, das fortalezas de São João da Foz e de Nossa Senhora das Neves de Leça (Matosinhos), alcaide-mor de Abrantes, Punhete, Amêndoa e Mourão, comendador de Santiago do Cacém e de São Pedro de Faro, da Ordem de Santiago, e de São Pedro de Macedo da Ordem de Cristo. Casou com D. Isabel de Lorena, filha dos 1ºs Duques de Cadaval.

O 5° marquês de Abrantes e 7° conde de Vila Nova de Portimão, D. Pedro de Lancastre da Silveira Castelo Branco Sá e Meneses, e seu filho, D. José Maria da Piedade de Lancastre Silveira Castelo Branco de Almeida Sá e Meneses, 60 marquês, foram prisioneiros de guerra em França, só tendo sido libertos depois da Guerra Peninsular.

O 7° marquês, D. Pedro Maria da Piedade de Alcântara Xavier de Lancastre, conde de Penaguião e de Vila Nova de Portimão, foi apoiante dos miguelistas. Julgado quando da vitória liberal, foi absolvido pelo Conselho de Guerra.
Foi 8° Marquês, já durante o regime republicano, o 12° conde de Vila Nova de Portimão, D. João Maria da Piedade de Lancastre e Távora, nascido em 1864, casado com D. Maria Carlota de Sá Pereira de Meneses Pais do Amaral, da Casa dos Condes da Anadia.

Foi 9° Marquês (1948), representante dos títulos de Vila Nova de Portimão, da Sortelha e de Penaguião, D. José Maria da Piedade de Lancastre e Távora, nascido em 1887. Casou com D. Maria Emília do Casal Ribeiro Ulrich.

Seu filho e herdeiro, D. Luís Gonzaga de Lancastre e Távora (1937-1993), 10º marquês de Abrantes, foi casado com D. Maria João de Carvalho Gomes de Castro, filha dos 4°5 Condes de Castro. Publicou numerosos estudos sobre genealogia, sigilografia e heráldica.

É 11° marquês de Abrantes D. José Maria da Piedade de Lancastre e Távora, filho do anterior. É detentor dos títulos de Conde de Penaguião, Conde de Vila Nova de Portimão, Marquês de Abrantes, Marquês de Fontes.

História custodial e arquivística:
O arquivo da Casa de Abrantes foi classificado pelo IPPC, tendo sido depositado no extinto Arquivo Histórico do Ministério das Finanças. A instâncias do marquês D. Luís de Lancastre e Távora, foi-lhe entregue a custódia do arquivo, que acabaria por ser vendido e disperso.

A documentação que constitui o fundo foi adquirida por compra em diversas ocasiões: directamente à família; a J. C. Silva (Livraria Histórica e Ultramarina), em 1975; à Livraria Avelar Machado, em 1976; comprada pela Direcção Geral do Património Cultural, em 1977; à Livraria Histórica e Ultramarina, em 1978 e 1981; a José Manuel Rodrigues, em 1982; no leilão Silva's - Pedro de Azevedo, em 1989; à Biblarte, em 1992; no leilão Silva's - Pedro de Azevedo, em 1994; e ao Professor Gonçalves Rodrigues, em 1995.
Descrição:
Fundo constituído por documentação das famílias Góis, Góis e Lemos, Silveiras (Condes de Sortelha), Castelo Branco (Condes de Vila Nova de Portimão), Valentes de Póvoa, Vasconcelos do Esporão (Condes de Figueiró), Lancastre (comendadores-mores de Avis), relativa à constituição, aquisição e administração de bens e propriedades (mercês, doações, autos de tombo, tombos, demarcações, para além de escrituras de venda, aforamentos, petições, processos, demandas, sentenças, quitações, despesas, recibos, dotes, contratos de casamento, testamentos, inventários de bens, como pratas e móveis, autos de avaliação de quadros e gravuras, partilhas, correspondência, etc). Reportase a propriedades, padroados, comendas e capelas, situadas em Lisboa, Rilvas, Mafra, Muge e Vale do Tijolo, Torres Vedras, Montemor e Estremoz, Veiros, Avis, Alcanede, Alandroal e Rio Frio, Abrantes, Quintas de Arruda e Alenquer, Valverde, Góis, Póvoa, Santarém, Ponte de Lima, Oliveira do Conde, Pernes, Beringel, Porto, Gondomar e Bouças, Leiria, Recardães e Segadães, Pedra Alçada, Penalva de São Gião, Quinta da Pipa, Morgadio do Calhariz de Benfica, Morgadio do Esporão, Alentejo.

Inclui ainda, para além de apontamentos de carácter genealógico, correspondência e produção literária, entre a qual poesia, e documentação de carácter pessoal.